DÍZIMO: POR QUE CONTRIBUIR?
Muitas pessoas têm uma certa resistência em contribuir com o dízimo por vários motivos, mas, você sabe realmente o que é o dízimo, para que serve, e por quê é que todos nós deveríamos ser dizimistas em nossa Paróquia?
O dízimo é uma prática muito antiga na Igreja, conforme está descrito em vários textos bíblicos desde o Antigo Testamento, quando o dízimo representava 10% de tudo que se ganhava, como em Gênesis (Gen 14, 20; Gen 18,22) e no Deuteronômio (Dt 12, 11ss); até o Novo Testamento, quando a contribuição passa a ser livre, como Paulo nos diz:
“Dê cada um conforme o impulso de seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria” (2 Cor, 9,7)
As decisões finais da XIV Assembleia Geral da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), realizada em Itaici-SP em 1974, em seu documento “Estudos da CNBB nº 8 – Pasoral do Dízimo”, recomenda que:
1 – Todas as Igrejas Particulares do Brasil devem ter como meta a implantação do dízimo como sistema de contribuição sistemática e periódica, que substitua progressivamente o sistema de taxas.
2 - haja um intenso trabalho de conscientização do povo e dos agentes de pastoral e de progressiva organização do sistema ao nível diocesano, paroquial e de base.
Mas, qual o objetivo do dízimo?
O dízimo é o compromisso de cada Cristão e representa a aceitação consciente do dom de Deus e a disposição fiel de colaborar com seu projeto de felicidade para todos. O dízimo é agradecimento e partilha, já que, tudo que recebemos vem de Deus e pertence a Deus.
Como uma expressão de agradecimento e partilha, é importante frisar que o dízimo não é esmola, nem pagamento, nem imposto, nem taxa, nem oferta. O dízimo é um gesto livre de gratidão; um ato de Fé em Deus e de confiança na comunidade, por isto, antes de mexer no bolso, o dízimo deve tocar o coração do dizimista.
Com a oferta do dízimo, a comunidade se torna solidária e samaritana. Através de sua simples contribuição mensal, o dizimista já é um evangelizador, um liturgista, um catequista, e um agente de pastoral social da Igreja, porque é através de sua oferta que a Igreja realiza estas atividades.
Em resumo, o dízimo é utilizado para atender as necessidades materiais da comunidade, conforme três finalidades:
1 – Religiosa: é com o dinheiro do dízimo que a comunidade atende a todas suas despesas, desde a compra de materiais litúrgicos (velas, hóstias, toalhas para o altar, assinatura de folhetos para acompanhar a liturgia e os cantos, etc.), até a manutenção geral da Igreja (salários de funcionários, contas de água, luz, telefone, materiais de limpeza, etc.);
2 – Social: o dízimo financia também o auxílio aos pobres, atendimento aos desamparados, aos idosos, crianças abandonadas, etc..
3 – Missionária: Investimentos em curso de formação de lideranças para a Paróquia e a comunidade, formação de catequistas, formação e auxílio nas atividades missionárias, gastos com missões populares, entre outras.
O Dízimo na Paróquia de Casa Forte
A Paróquia de Casa Forte conta atualmente com mais de 20 pastorais, que prestam diversos serviços à nossa comunidade. Serviços estes que vão desde a catequese até os trabalhos sociais, como a Casa da Criança, o Encontro de Irmãos, entre outras.
Para custear todas estas atividades, a Paróquia de Casa Forte conta apenas com as receitas das coletas das missas, algumas doações e campanhas específicas, a Festa da Vitória e o Dízimo. Entretanto, à exceção das contribuições do dízimo, todas as demais são esporádicas e de valor variável, o que impede que Paróquia possa fazer uma previsão orçamentária e, principalmente, nem sempre nos permite cumprir com todas as obrigações fixas da manutenção de nossa Paróquia.
Para que todas as atividades sejam mantidas, e que investimentos e melhorias possam ser feitas, o ideal é que a receita principal de uma Paróquia seja proveniente do Dízimo, já que este se caracteriza por uma contribuição constante e mensal, o que permite uma receita constante capaz de custear suas despesas mensais.
Atualmente, contamos com cerca de 700 dizimistas cadastrados, entretanto, atualmente, menos de 200 contribuem mensalmente de forma regular, isto faz com que a receita mensal da Paróquia seja prioritariamente proveniente das coletas das missas, o que faz com que a Paróquia não consiga cobrir todas as despesas mensais, além de gerar a necessidade de criação de diversas taxas para custear as Pastorais.
Com o intuito de reacender a cultura do dízimo e ajudar nossa Paróquia a cumprir com suas obrigações, além de evitar a necessidade de taxas independentes por Pastorais, a Pastoral do Dízimo está realizando uma campanha de conscientização e sensibilização para que os paroquianos passem a ser também dizimistas.
5 Maiores Mitos do Dízimo
1º Mito: Já participo das pastorais, não preciso ser dizimista.
O trabalho voluntário é essencial para a vida de qualquer paróquia. Entretanto, o trabalho pastoral não substitui nossa contribuição do dízimo. O dízimo, é uma expressão de nossa gratidão a Deus por tudo o que ele nos dá. Nosso trabalho pastoral é a forma de exercermos nosso papel social para com os nossos irmãos. Assim, o ideal é que todos os que exercem trabalho pastoral, também sejam dizimistas, assim, podem exercer plenamente seu papel de Cristão e de Católico atuante em sua comunidade, contribuindo diretamente em uma atividade com que se identifica, no trabalho pastoral, e também permitindo que todas as demais pastorais possam exercer suas atividades, através da receita gerada pelo dízimo.
2º Mito: Já dou dinheiro nas missas, isto já vale pelo dízimo.
A contribuição espontânea nas missas, é também uma forma importante de auxiliar com a manutenção da Paróquia, mas o sentido principal do ofertório é darmos nossa contribuição pessoal para o Sacrifício Eucarístico, que o celebrante apresenta sobre o altar como “fruto da terra e do trabalho do homem” e como “fruto da videira e do trabalho do homem”, que também é nossa contribuição para o “Banquete Eucarístico”. Originalmente, durante o ofertório, as pessoas doavam seu próprio pão e vinho, entretanto, atualmente, com a urbanização das sociedades, isto não é mais possível e, por este motivo, passou-se a permitir as oferendas em dinheiro. O objetivo do dízimo é outro, é o de partilhar com a comunidade os bens materiais que conquistamos com a Graça de Deus. Desta forma, embora ambos sejam contribuições monetárias e auxiliem a manutenção da Paróquia, suas motivações e objetivos são distintos e não excludentes. Desta forma, o ideal é que, se possível, possamos contribuir mensalmente com o dízimo apresentar nossa oferta individual para o “Banquete Eucarístico” durante as celebrações.
3º Mito: Já contribuo com a Casa da Criança ou com outras Pastorais, não preciso ser dizimista.
A Casa da Criança Marcelo Asfora é uma importante obra social de nossa Paróquia e precisa muito da ajuda de doadores abnegados para que possa continuar desempenhando seu papel de forma plena. Entretanto, a doação direta para uma Pastoral, embora um ato de generosidade, não possui o mesmo objetivo do dízimo. O dízimo tem por objetivo partilhar com a comunidade e agradecer a Deus tudo o que conquistamos através da Graça por Ele concedida a nós. O Dízimo tem por característica a contribuição constante e sistemática de um valor fixo mensal estabelecido conforme a disponibilidade do dizimista, e é utilizado para o financiamento de todas as atividades da Paróquia, diferentemente das doações diretas às pastorais, que não geram vínculo direto do doador com a Paróquia além de terem valor variável. O ideal, portanto, é que, mesmo aqueles que já contribuem com doações regulares à Casa da Criança, sejam também dizimistas.
4º Mito: Normalmente faço doações para Campanhas Específicas da Paróquia. Não preciso ser dizimista.
As campanhas específicas criadas pelas Paróquia, como vendas eventuais de rifas, livros de ouro, ou outras atividades deste tipo, são realizadas com um objetivo específico, muitas vezes, visando atender a uma necessidade urgente da Paróquia, como foi feito no final do ano passado, para que pudéssemos fazer a transferência da Creche Beneficente Menino Jesus para a Prefeitura do Recife. Embora muito importantes, estas doações não substituem o dízimo, devido a seu caráter eventual e de valor variável. O dízimo, por sua vez, caracteriza-se por ser uma contribuição constante e regular, de acordo com as possibilidades do dizimista, mas de forma permanente.
5º Mito: Não ganho o suficiente para ser dizimista
Não existe um valor mínimo para a contribuição do dízimo. Como nos diz Paulo em sua carta aos Coríntios, “Dê cada um conforme o impulso de seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria” (2 Cor, 9,7). Assim, não há a obrigação da contribuição de 10% dos seus rendimentos. Inclusive, atualmente, cerca de 85% de nossos dizimistas contribuem com valores de até R$200,00 mensais, sendo que 33%, ou seja, um terço dos nossos dizimistas ativos contribuem com até R$50,00. O mais importante na contribuição do dízimo não é o seu valor, mas sim a fidelidade do dizimista, ou seja, o seu compromisso em manter suas contribuições mensais, com regularidade e de forma permanente.
Perguntas Frequentes sobre o Dízimo
1 - Como faço para me tornar um Dizimista?
É muito simples! Para tornar-se um dizimista, basta apenas comparecer a uma de nossas missas dos finais de semana (sábados às 16:00 e às 19:30; ou domingos às 08:00, 17:00 ou 19:30); procurar um de nossos plantonistas, preencher a ficha de cadastro e efetuar a primeira contribuição.
Outra opção é acessar o link http://www.paroquiadecasaforte.com.br/p/dizimo-casa-forte.html na página da Paróquia de Casa Forte; preencher a ficha cadastral e efetuar a primeira contribuição.
Pronto, você já é um dizimista ativo da Paróquia de Casa Forte! Seja bem-vindo!
2 - Já fui Dizimista, mas faz algum tempo que não contribuo. Como faço para voltar a ser Dizimista?
Também é bem fácil. Basta só procurar um de nossos plantonistas nas missas dos finais de semana; atualizar seus dados cadastrais e fazer a primeira contribuição. Não é preciso atualizar as contribuições anteriores, apenas voltar a fazer as contribuições regulares a partir do recadastramento.
Parabéns, você voltou a ser um dizimista ativo da Paróquia de Casa Forte! Seja bem-vindo de volta!
3 – Já sou Dizimista, mas não estou mais conseguindo manter o valor da minha contribuição mensal, o que faço?
Simples, procure um de nossos plantonistas nas missas dos finais de semana, atualize seus dados cadastrais, informe o novo valor de sua contribuição mensal e então, é só passar a fazer as novas contribuições com o novo valor.
4 – Já contribuo regularmente com o Dízimo e gostaria de aumentar o valor da minha contribuição. O que devo fazer?
É só procurar um de nossos plantonistas nas missas dos finais de semana, atualizar seus dados cadastrais, informar o novo valor de sua contribuição mensal e então, passar a fazer as novas contribuições com o novo valor.
5 – Como faço para efetivar as minhas contribuições mensais?
Existem 3 formas de efetivar suas contribuições mensais:
a) Procurar um de nossos plantonistas nas missas dos finais de semana e efetuar sua contribuição presencialmente, em espécie ou em cheque;
b) Comparecer à Secretaria da Paróquia, nos dias úteis, em horário comercial, e efetuar sua contribuição presencialmente em espécie ou em cheque; ou
c) Efetuar sua contribuição mensal através de transferência bancária, diretamente para a conta da Paróquia.
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