Nesta época de Natal, em que festejamos o nascimento do menino de Jesus, é natural que apareçam muitas dúvidas sobre o motivo do Natal e seus personagens (afinal, são tantos símbolos: árvore, presépio, Papai Noel, etc) que, em alguns conversas, somos levados a tirar dúvidas e conversar sobre religião, mesmo para aqueles que não acreditam.
Assim, colocamos aqui 11 dicas que podem simplificar o desafio de conversar sobre a fé com quem não compartilha dela conosco, para que possamos praticar o "falar de Deus" com todos e de forma bem acolhedora.
1. Traduza os ensinamentos da Igreja em linguagem simples
Um evangelizador é um tradutor. Jesus explicou os grandes mistérios da fé usando parábolas e exemplos simples. A Igreja nos ensina coisas grandes e maravilhosas, mas, às vezes, é preciso um mestrado em filosofia para entendê-las. Ainda assim, palavras simples podem levar os seus amigos a pelo menos querer saber mais.
2. Fale da fé com bom humor
Santa Teresa de Ávila, exasperada com as dificuldades da vida, disse a Deus certo dia: “Se é desse jeito que tratas os teus amigos, não me admira que tenhas tão poucos!”. A fé não tem motivo algum para ser amedrontadora, agoniante, pesada. Deus não é um ogro mitológico. E o humor pode dobrar até os joelhos mais duros e resistentes.
3. Seja ABC: alegre-breve-cristocêntrico
Dizer que Deus existe porque nós o sentimos em nosso coração é bonito, mas, se Deus fez algo em nossa vida, os outros vão querer saber mais detalhes antes de levar a sério o seu depoimento! Conte a sua história de modo ABC: Alegre, Breve e Cristocêntrico, deixando de lado as longas e chatas histórias que falam mais de você mesmo do que de Deus. Ninguém pode negar o que aconteceu conosco. Medite e organize o seu testemunho!
4. Procure a “semente de Deus”
Se Deus está sempre presente em toda parte, então a Verdade também está presente no coração de todos, ainda que de forma incompleta. Isso inclui os não crentes: Deus plantou as suas sementes também no meio da descrença e da hostilidade, escondidas em corações repletos de argumentos racionais e lógicos. Mas, lá no fundo, a semente da Verdade está esperando para ser irrigada e cultivada. Procure-a!
5. Evite lições de moral e foque no amor
Grande parte dos não crentes reage à ideia de um patamar moral “elevado demais”: eles o veem como irreal ou não aspiram a esse estilo de vida. Mas Deus tem a ver com o Amor, não com a lei em si mesma. Mostre-lhes o Deus do amor, não o Deus das leis. As leis são mera consequência e só fazem sentido para quem entendeu, por amor, que os limites e desafios são uma ajuda para amar mais ainda. Antepor a lei ao amor é perfeitamente absurdo e anticristão.
6. Converse para incentivar a reflexão, não para vencer a discussão
Querer ser o mais forte da competição não faz sentido na evangelização. Olhe para o outro com amor, com empatia e com a sua história pessoal e real. Os debates, fora desse contexto de diálogo aberto ao outro, só servem para radicalizar as atitudes.
7. Não evite os temas problemáticos
É como ir a uma festa, sentar-se num canto e não falar. Os não crentes, especialmente os autoproclamados ateus convictos, adoram falar de Deus com pessoas abertamente crentes. Prepare-se. Veja isso como um dom de Deus (porque, afinal, eles reconhecem a sua fé!) e seja positivo. Não tenha medo de conversar sobre Deus: tenha total confiança n’Ele e apenas testemunhe. Acreditar é dar crédito a algo que não é demonstrado materialmente. Se houvesse provas materiais incontestáveis de que existe Deus, não seria preciso “acreditar” n’Ele: bastaria constatar. Crer em Deus vai além: tem a ver com sentido de vida, transcendência, experiência pessoal, intuição, interpretação de vestígios… E a razão sozinha, coitada… É pobre demais para negar algo só porque não consegue prová-lo.
8. Viva a sua fé no cotidiano
Nenhum argumento é mais convincente que viver com alegria, bondade, sinceridade e amor aquilo que se prega.
9. Deixe seu coração falar
Somos seres frágeis. Falar das nossas fraquezas e dúvidas é extraordinariamente desarmante. Deus não é um enigma a ser resolvido, mas um mistério a ser apreciado. Você realmente acha que vai conseguir “explicá-lo” algum dia?
10. Procure o bem dos outros
Não tente explicar a existência de Deus para convencer e atrair pessoas para o seu grupo. Não é nada disso. Deus é um dom a ser compartilhado de graça. As pessoas não podem ser usadas como meios para alimentar estatísticas. Elas precisam apenas que Deus lhes seja testemunhado, não imposto; com clareza, mas com respeito; com convicção, mas com naturalidade.
11. Sinta-se livre para acreditar
Se você acredita, que seja porque você livremente escolheu acreditar. Acreditar em Deus é uma experiência de liberdade, não de medo, pressão, ideologia. E não crer também é uma escolha que deve ser respeitada, ainda que discordemos dela. Em vez de fazer proselitismo, demos testemunho. Deixemos que Deus mesmo fale através de nós – não tenhamos a arrogância de pretender que somos nós, com os nossos argumentos, que convertemos os nossos irmãos. O amor é o evangelizador mais poderoso. Aliás… o único.
FONTE: ALETEIA
Me senti feliz ao ler as dicas para evangelizarmos com mais amor e compreencao. Muito proveitoso e organizado. MUITO AGRADECIDA!
ResponderExcluirPrezada Nelly,
ResponderExcluirMuito obrigado pelo seu comentário.