A Sagrada família de Nazaré leva-nos a meditar a família de Jesus e,
nela a nossa família e todas as famílias cristãs Deus quis manifestar-se aos
homens numa família humana. Ele quis nascer numa família, para mostrar a
importância de um lar cristão na formação do ser humano em todas as suas
potencialidades e dimensões.
O Messias quis começar a sua missão salvífica no seio de uma família
simples, onde o lar foi a primeira realidade humana que Jesus santifica com a
sua presença.
A Sagrada Família é proposta pela Igreja como modelo de todas as famílias cristãs, pois nela Deus
está sempre no centro de suas decisões e ocupa sempre o primeiro lugar e tudo.
A família é antes de tudo uma grande escola de virtudes humanas e teologais e o
primeiro lugar de encontro com Deus.
Por isso, a família é chamada de Igreja doméstica, onde
as crianças devem aprender os princípios básicos da fé na experiência concreta
do dia a dia e lugar onde os esposos buscam a sua santificação e a realização
plena de sua vocação matrimonial. A família como célula mãe da sociedade, é a principal escola de todas
as virtudes sociais, pois é nela que se aprende e vive a obediência, a
fraternidade e o sentido de responsabilidade. Quando a família vai bem, toda a
sociedade prospera.
O Evangelho de Mateus 2,13-15.19-23 relata a condição de refugiados vivida pela Sagrada Família e
como nos dias atuais, muitas famílias sofrem ainda com esta realidade. São
muitas as famílias que ainda hoje deixam sua casa, sua terra, sua gente e fogem
da fome, da guerra, de outros perigos graves, em busca de segurança e de uma
vida digna para si e para as próprias famílias. Tornando-se homem, Jesus com a
sua família, experimenta em seu próprio ser, todas as dores e os sofrimentos,
os dramas e as esperanças que acompanham a vida de uma família.
A Sagrada família nos mostra a importância da família unida
nos tempos difíceis de crise e instabilidades, aprofundando e apoiando-se no
amor familiar, examinando a situação do próprio lar e buscando
soluções que ajudem o pai, a mãe e os filhos a serem cada vez mais unidos,
dialogando mais, colaborando uns com os outros na resolução dos problemas.
Tornando-se homem, Jesus com a sua família, experimenta em seu próprio
ser todas as dores e os sofrimentos, os dramas e as esperanças que acompanham a
vida de uma família, buscando cada vez mais a vivencia da fé em família por
meio da oração e da escuta atenta e amorosa da Palavra de Deus.
A família
como célula mãe da sociedade é a principal escola de todas as virtudes
sociais.
Uma leitura bíblica muito conhecida nessa solenidade é a de Colossenses
3,12-21, onde Paulo nos convida a nos vestir das seguintes virtudes:
misericórdia, bondade, mansidão, paciência, tolerância e perdão recíproco, tudo
muito bem alinhado com a caridade. Essas são as virtudes que sempre encontramos
na Sagrada Família e que são necessárias para se viver em comunidade e na vida
conjugal. Paulo ainda insiste na necessidade de se viver a oração em comum, o
diálogo e o aconselhamento recíproco e que ambos, marido e mulher estejam
prontos para estar a serviço um do outro.
As últimas recomendações desse texto para nós, é que os filhos obedeçam
seus pais e que os pais não irritem seus filhos com atitudes egoístas e
mesquinhas.
A leitura do Eclesiástico 3,3-7.14-17a é um convite a honrar os nossos
pais principalmente na velhice, procurando ampará-los e dando todo suporte
necessário nesse período. Honrar alguém significa dizer que essa pessoa tem um
peso muito grande na minha vida, um valor incalculável. Além do mais, essa
atitude agrada a Deus o amor dos filhos para com os pais onde vai transparecer
nas numerosas promessas de bênçãos feitas àqueles que cuidam de seus pais:
acumularão tesouros diante de Deus, quando rezarem seus pedidos serão
atendidos, terão vida longa e seus filhos serão exemplares e se tiverem
cometido alguma falta receberão o perdão de seus pecados.
O
modelo da Sagrada família de Nazaré, é um convite para olharmos as nossas
atitudes quanto a nossa família e nos perguntarmos se estamos vivendo de forma
virtuosa dentro do nosso lar. Convido você amigo e irmão leitor a se questionar
comigo:
Nas
horas difíceis em minha casa, eu sou uma pessoa presente, atuante, procuro
promover a unidade, sou aquele que motiva e dá suporte ao outro que caiu ou que
esta passando necessidade?
Eu
como pai ou mãe procuro promover em meu lar um espaço para em família escutar a
Palavra de Deus, orar juntos e fortalecer os vínculos familiares em oração?
Exercito
o diálogo e mais ainda a escuta, com meu cônjuge e meus filhos?
Procuro
viver a minha maternidade ou paternidade de forma responsável, sendo presença
na vida dos meus filhos e construindo um laço forte de amizade, de confiança e
de uma autoridade que não precisa usar de autoritarismo ou a opressão?
Como
filho, estou presente na vida dos meus pais idosos, procurando ampara-los em
todas as suas necessidades seja afetivo ou material ou infelizmente ando
ausente?
Texto adaptado - Padre José Carlos de
Melo
0 comentários :
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.